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Representação de mulheres na esfera pública política brasileira: o caso da campanha "Meu voto será feminista"

Revista Brasileira de Sociologia do Direito, v. 8, p. 237-256, 2021.

Resumo

O objetivo desse trabalho é analisar quais os impactos da campanha “Meu voto será feminista” para a representatividade das mulheres na esfera pública política brasileira nas eleições 2018, considerando aspectos como representação, redistribuição e presença de mulheres nos espaços políticos. O desafio à representatividade das mulheres na esfera pública pode ser compreendido a partir da dicotomia público/privado, que as relega ao âmbito doméstico. Nesse sentido, a teoria política feminista utiliza esses termos para questionar o isolamento da mulher na esfera familiar, que por muito tempo impediu a sua participação nas decisões e deliberações ocorridas na esfera pública. Assim, os aspectos metodológicos dizem respeito a análise de dados na internet, com consultas aos sítios eletrônicos da referida campanha, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do Tribunal Superior Eleitoral. Além disso, a revisão bibliográfica compreende as discussões que envolvem os conceitos de esfera pública e representação, desenvolvidos por Jürgen Habermas e Nancy Fraser, respectivamente. Por fim, argumenta-se que o desenvolvimento da Campanha para as eleições municipais de 2020 é um caminho para uma maior participação, representação e representatividade das mulheres na esfera pública política brasileira.

Palavras-chave

Esfera pública política. Teoria política feminista. Representação. Representatividade. Campanha “Meu voto será feminista”.

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